The sun is up, The sky is blue ...It's beautiful, and so are you.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Tudo aquilo que você se nega sentir...

Você não precisa se importar
Eu não preciso fingir estar bem
E eu continuarei dormindo para os fatos.

Entre um drink e uma tragada
Gostaria de estar dopada,
dopada demais para me importar
Se pelo menos eu tivesse motivos para isso.

Gostaria de ter alguma razão
Minhas falhas só se multiplicarão
Por isso eu deixo de tentar
Minha sentença de morte é esperar

Felizmente as paredes não isolam só o físico
Mas também estes pensamentos
Que não podem transbordar
Deste angustiante copo de ilusões
BEBA!

texto feito junto com Kaike Wrechiski

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Amor e os Sentidos

fechar os olhos, pular da sacada e gritar o quanto eu gosto de você
em plenos pulmões pra quem quiser ouvir
seria insensato. Insensato é sentir?
Gritar o quanto gosto de você, fechar os olhos, pular da sacada

em queda livre para o sublime
pois no frio da barriga no meio da queda há algo que me anime
Pular da sacada, gritar o quanto gosto de você, fechar os olhos...

Como amar o que nunca se viu?
É possível amar sem ver?
Caindo no desconhecido, tudo o que eu sinto é você
Mas como amar aquilo que só se sente e se não vê?

domingo, 26 de dezembro de 2010

Amar x Odiar x Egocentrismo

Estamos anestesiados, interceptados
E mais feridas aparecem sob minha pele
Não quero sua atenção nem piedade
Só busco algo que me complete
A dor por disfarçar o vazio que diariamente é maquiado pelo egoismo
enquanto eu fujo, sei que estamos caindo
surgindo um novo Eu
Buscando pelos gritos silenciosos
Escondidos nos contos, e nos textos
Preparando o amargo final
Sentindo-me uma suicida
Nós, nossos últimos suspiros, prepare o fim

Palavras & Impulsividade

"...o amor sem ser incompreendido não seria romântico", escreveu em uma folha de papel tentando por meio desta frase começar algo grandioso e profundo, mas a inspiração a escapava. Levantou para buscar mais uma caneca de chocolate quente, mas acabou optando por café. Já passava das 3:15 da madrugada, e ela não estava com a mínima vontade de dormir. O café não iria ajudar. Mas quem se importa?
Desde que ele a deixou, dormir havia se tornado uma forma de tortura. Deitar sob aqueles lençois e encostar a cabeça naqueles travesseiros traziam de certa forma o cheiro de seus perfumes misturados, mesmo que já houvesse lavado a roupa de cama diversas vezes. Ela costumava chamar o fato de "memória sinestésica".
Voltou para seu papel, esperando escrever algo que gostasse, mas tudo que vinha em sua cabeça acabava em rabiscos. Finalmente, desistiu dos papéis. A procura de distração, ligou o computador. Sem nada para fazer na internet, entrou em um daqueles "chats" virtuais, mas sabendo que não ia achar ninguém nem nada de muito interessante por lá. Não podia estar mais enganada.
Ela começou a conversar com um menino, que dizia estar na internet as 3:30 da manhã por culpa da insônia. Conversaram sobre muitas coisas...Música, livros, cinema...E descobriram muitas coisas em comum. Trocaram e-mails e passaram a se falar todas as madrugadas.
Ela gostava desse mistério, de se aproximar tanto de alguém sem saber quem era, e nem como era. A aproximação entre eles crescia cada vez mais. Ele ia a cativando de uma forma estranha, que de certa forma, ela gostava, pois nunca havia se apegado a alguém daquele jeito, e nunca esperaria se apegar a alguém que conhecia apenas através de palavras digitadas em um computador, sem saber se estas palavras eram verdadeiras ou não. Mas se analisa-se bem o contexto da sua nova paixão platônica, fazia todo sentido. Ela era uma escritora, e nada a deixava mais encantada do que simplesmente, e puramente, palavras, apenas palavras.
Ela já conseguia dormir, algumas noites, sem a "memória sinestésica", pois seus pensamentos estavam ocupados pensando em como poderia ser aquela pessoa por quem ela esperava o dia todo passar, para poder conversar virtualmente. E isso a assustava. Ela tnha dúvidas sobre seus sentimentos, e sobre aquele rapaz com quem conversava sempre. Ela ainda se sentia insegura sobre o que estava sentindo, e ainda pensava naquele que havia deixado o perfume em seu travesseiro.
Certa noite, conversando com seu novo amigo virtual, ela acabou desabafando e contando sobre tudo o que havia acontecido na sua vida amorosa. Contou sobre como perdeu seu melhor amigo e a única pessoa que amou de verdade, e como foi devastada. Quando terminou de contar, seu amigo virtual havia escrito apenas a seguinte frase "...o amor sem ser incompreendido não seria romântico". Foi tudo o que ela precisou ler para ter certeza que estava na hora de arriscar e apagar a "memória sinestésica" para sempre.

2011.

Enganar a si mesmo é uma arte.Especialmente se sua vida for muito comum e vazia. Você cria grandes aventuras, diálogos, sentimentos e passa a acreditar que eles realmente existem, se negando a refletir sobre o que te levou a fazer tal script, e negando, acima de tudo, que isso que você pensa estar vivendo não passa de uma ficção para seu próprio entretenimento, para disfarçar a grande inutilidade da sua existência.Nenhum enredo de filme inexistente vai preencher o vazio de nossas vidas. Quanto mais cedo descobrirmos melhor.Ter planos, metas e sonhos é válido e importante. Mas mais importante ainda é saber que eles ainda não aconteceram ao invés de fantasiar e acreditar estar vivendo a plena felicidade.Não sou uma pessoa racional, muito pelo contrário na verdade, mas gostaria de ser pelo menos um pouco mais. Me deixo levar por qualquer ação e crio uma foto em minha mente, que sempre é surreal e ilusória. Uma das minhas metas para 2011 é agir com mais racionalidade. E desejo o mesmo a vocês, pois acreditem em mim, uma hora todos nós vamos precisar do famoso chá de realidade, que apesar de doloroso é necessário para seguirmos nossas vidas e progredir como cidadãos. Feliz Ano Novo.

The End Has No End and No Start

Aí vai você pela última vez, e finalmente eu sei o que eu deveria saber.Você está indo e eu não estou pronta.você está dizendo adeus, pelo menos você está se divertindo e essa maré alta não vai deixar eu te esquecer.
O seu fantasma que aparece pra mim.Há navalhas na língua dele, um copo cheio de oxigênio. Mas sempre foi apenas copo cheio até a metade.
Essa não vai ser a última vez que ele vai me ignorarA tristeza no meu rosto mostra que não há a força para deixar para trás.Mas o tempo está preparado para transformá-lo em neve.
Eu vou construir torres e subir nelas, rios para navegar por eles, oceanos para afogar neles...E você não vai fazer um único som, e você não será mais uma memória.

Canetas coloridas & Escalas de Cinza

Nem parece que faz tanto tempo que você se foi, por que ainda escuto o som da sua voz ecoando naqueles corredores. Confesso que eu consigo ficar sem lembrar de você por alguns dias e seguir minha vida, até melhor do que eu previ que seria desde que a sua partida se aproximava. Mas dizer que não existe a saudade e as lembranças seria me iludir e mentir para mim mesma. Encontrei minha própria maneira de lidar com a rotina em escalas de cinza e os filmes mudos que vivo há meses, sendo que nós somos um roteiro inacabado. Nada é o mesmo. E como acabar algo que nem começou? Temos script, mas não temos história. Pois não há história sem começo, meio e fim. É tudo um rascunho. Um rascunho em caligrafia bonita e canetas coloridas, escrito ao som de um violão dedilhando solos suaves. Os mesmos daquelas manhãs.

sábado, 6 de março de 2010

Um pequeno texto agridoce.

Estranho observar a relação das pessoas a nossa volta. Mais estranho ainda analisar as nossas.Acho que acordei em um daqueles dias de auto-avaliação. Ou talvez seja apenas o tempo chuvoso, ou então eu apenas seja realmente doida.Analisar as relações humanas atuais me passa um ar de superficialidade. Superficialidade com que as pessoas se apresentam e como nos portamos em meio a essa sociedade, em meio aos sentimentos que são tão profundos e quase impossíveis de serem superficiais. Pegue o amor como exemplo. Um sentimento ao mesmo tempo tão egoista e tão altruísta. O amor é completamente paradoxal. possessivo e egoista, incondicional e imensurável. Enfim, isso não vem ao caso.
O caso é que eu não gosto de ter sentimentos e não gosto quando eles se manifestam.
O problema são os dias chuvosos. Dias chuvosos sempre me deixam pensativa. E acabo falando devaneios a toa. E tendo crises existênciais. Você pode não fazer ideia do que eu estou falando...mas acredite... um dia fará.

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Camaleão Passivo Agressivo.

Sempre pensei em diversas maneiras e formas de como morrer, mas nunca de como viver.
Talvez por ser uma pessoa extremamente negativisma e melancólica, ou então por acreditar no acaso e ser uma pessoa impulsiva.
Em meio aos meus devaneios mórbidos, sempre acabo refletindo sobre a pessoa quem sou e a pessoa que eu quero ser. Adoro mudanças, e isso é uma coisa que tenho certeza e sei que é uma das únicas características que nunca irá se modificar.
Mudei diversas vezes e ainda sou um camaleão em constante mudança. Mas continuo melancólica em meio a crises existênciais nas quais eu penso no meu fim, na maioria das vezes trágico e dramático (característivas minhas enquanto pessoa, de acordo com os próximos), e não canso de me perguntar o porquê. Não é algo que quero ser, uma característica que eu gosto e também não agrada as pessoas em minha volta, as acaba magoando ao ver um comportamento tão ... peculiar.
Ainda assim, sinto prazer em refletir e ansiar pela morte. E é algo involuntário que faz parte do meu eu desde os primórdios.
Não me considero uma pessoa suicída ou destrutiva, pois longe dos meus pensamentos eu sou uma pessoa falante, simpática e bem-humorada.
Na verdade, não sei bem ao certo o que eu quero ser, mas estou bem certa de quem sou. Diferentemente das outras pessoas, que criam um ideal diferente do que são.
Acho que se eu fosse me adjetivar, escolheria a palavra PECULIAR.
Nunca me senti igual a ninguém. Não pelo fato de usar piercings, alargadores e me vestir de forma não-convencional, mas internamente.
Sempre me senti um peixe fora da água e não consigo me livrar desse sentimento. Sempre sinto como se as pessoas ao meu redor não gostassem de mim ou fossem me trocar por alguém mais interessante. Talvez pelo fato do meu pai sempre ter sido mais próximo do meu irmão Demetrius.
Isso fez eu me sentir como se estivesse sozinha e dependesse apenas de mim mesma. Assim criei um senso se independência logo cedo.
Alguns fatos em minha vida fizeram com que eu me tornasse uma pessoa fria que não gosta de demonstrar sentimentos e os evita ao máximo possível.
Acho que criei uma "armadura" para o mundo externo, pensando "antes não ter sentimentos do que sentir e me decepcionar", e essa armadura fez com que eu passasse uma imagem de arrogância para as pessoas.
Ao invés de viver, acho que estou morrendo. Morrendo cada vez mais. E o dia de minha morte, será o dia que começarei a viver , se até lá não encontrar uma nova maneira de sobreviver.